sexta-feira, 12 de maio de 2017

Telhado solar da Tesla já está à venda — com “garantia infinita”

Com nova investida, a Tesla unifica três grandes ambições: combinar energia solar, baterias e carros elétricos

Em sua missão para acelerar a transição do mundo rumo a um futuro de energia mais sustentável, a Tesla anunciou ontem (10) que já começou a receber os primeiros pedidos para seus telhados solares, apresentados pela primeira vez ao mercado em outubro de 2016.

Diferentemente das instalações fotovoltaicas comuns, usadas em algumas casas para captar energia solar, o Solar Roof possui um design que se mescla à residência, como uma telha tradicional de barro ou ardósia. Mas, apesar do visual semelhante, o telhado da Tesla é feito de vidro temperado e texturizado.

O produto inicialmente só estará disponível para os moradores dos Estados Unidos. Mas a Tesla espera expandir para outros países, a partir de 2018, de acordo com a demanda.

Com essa nova investida, a Tesla unifica três grandes ambições: combinar energia solar, baterias e carros elétricos.

A empresa espera que a maioria das pessoas também instale em suas casas uma bateria da marca (Powerwall) para backup em caso de interrupção de energia. Ou seja, durante a noite ou em tempos chuvosos e sem sol, a energia estaria assegurada. De quebra, também será possível alimentar os carros elétricos da marca.

Segundo a empresa, as telhas solares são ultra-resistentes ao choque e contra granizo, vento, e incêndios e, por essa razão, têm “garantia infinita”.
“Feitas com vidro temperado, elas são três vezes mais forte do que as telhas padrão. É por isso que oferecemos a melhor garantia na indústria – a vida útil da sua casa, ou o infinito”, diz um post no blog oficial da marca.

A marca também garante que o seu produto é mais leve e barato do que os telhados convencionais, quando se considera a economia nas contas de eletricidade e os subsídios fiscais. Saiba mais: Como reduzir as contas de água e energia do seu negócio

A Tesla forneceu aos clientes uma calculadora para ter uma ideia de quanto custaria uma instalação para suas casas e o retorno em potencial no longo prazo.
S
egundo cálculos do site Verge, instalar um telhado solar da Tesla com 185 metros quadrados em uma casa em Nova York, descontando impostos e outras despesas, deverá custar cerca de 50 mil dólares e gerar economia da ordem de 64 mil dólares em 30 anos.

Fonte: Exame

terça-feira, 9 de maio de 2017

Célula solar mono e poli, produção será de 50:50 em 2018, mas mono é o futuro

A produção de células mono c-Si está prevista para responder por 49% de toda a produção de células c-Si em 2018, e se tornará a tecnologia dominante utilizada na indústria fotovoltaica até 2019, de acordo com a nova pesquisa contida na última versão do PV Manufacturing & Technology Relatório trimestral

Tendo sido retida no nível de 25% nos últimos anos, a produção de células monocristalina está marcada para ganhos de participação de mercado maciços nos próximos 18 meses, com 2017 sendo o ano de preparação, e 2018 quando a indústria é realmente abalada por um impulso coletivo que pode ser rastreada até o enorme sucesso de uma empresa em particular, LONGi Grupo.

Este artigo revisa a fundo para este breaking-news, explica os vários parâmetros que vieram a realização nos últimos anos, e esboça os passos finais do quebra-cabeças que esperamos ser cumpridos nos próximos 12 meses, e que irá definir um efeito de dominó em termos de competitividade específica de empresas e tecnologias até 2020.

Por que células poli/multi foi tão dominante?

Qualquer historiador instruído da indústria solar saberá que o solar começou como um mundo de células mono, com a indústria solar vivendo dos restos desde o início dominante da produção do polissilício - a indústria do semicondutor.

Os blocos de fundição através da solidificação direcionada, proporcionaram a descoberta que permitiu uma oferta econômica e de pureza suficiente de wafers para a produção de células solares, e esta tecnologia tornou-se desenfreada em toda a China, assim que a indústria solar passou do mundo acadêmico ao status comercial.

Multi-gigawatts de fornos de fundição foram instalados globalmente e a indústria solar passou de alguns GWs de demanda anual para o principal condutor de plantas de polissilício da indústria solar, e não mais de semicondutores. Nenhum país sintetizou essa revolução mais do que a China: e nenhuma empresa mais do que a GCL-Poly.

Economia de escala foi criada pela primeira vez, para o fornecimento de lingote/wafer para a indústria solar e atendidos perfeitamente para uma próspera multi c-Si. Na ocasião, uma estrutura de módulos de 60 células do tipo p-type na potência de 230-240W, estava se beneficiando da demanda atual.

Células mono tinham se tornado uma arte de nicho especifico, com uma cadeia de fornecimento definida para wafers de 5 polegadas, ou do tipo n-type de células, que foram determinados em suas demandas especificações de wafer. Mesmo que os wafers mono mudassem para 6 polegadas, a capacidade de produzir mono era contada na faixa de centenas de megawatts, pela GCL-Poly e muitos outros fabricantes.

Em seguida, a LONGi entrou em cena, e viu na indústria, o se seria a sua primeira grande mudança de rota no que se refere a uma atualização de processo produtivo. E, ao mesmo tempo, tudo isso forçou os preços caírem para 40 centavos de dólares por watt no final de 2016.

Comentários finais

Nesse contexto, as previsões derivadas da produção real de lingotes, oferta de wafer, produção de células, fornecimento de módulos e a demanda no mercado final, estão completas em uma perspectiva de cadeia de valor. O único tema desconhecido é o que acabará por se revelar no futuro, todavia, todos os sinais são claros para os módulos monocristalinos finalmente se tornarem a realidade em uma indústria madura e chegando a 100-GW anuais de instalação.

E se isso se tornar realidade, seria justo concluir hoje: mono é o futuro.

Fonte: PV Manufacturing & Technology

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Índia vai instalar 8,8GW de energia solar em 2017, diz empresa de pesquisa de mercado

A Índia vai instalar uma estimativa de 8.8GW de energia solar em 2017 de acordo com a empresa de consultoria e pesquisa de mercado Bridge to India.

O número é menor do que os 9.8GW previsto pela empresa Mercom no mês passado. Apesar do valor mais baixo, ainda seria suficiente para ver a Índia substituir o Japão como a terceira maior fonte de demanda final de energia solar FV em 2017.

De acordo com a última versão do manual solar FV Bridge to India, este representa o crescimento de 76% comparado a 2016.

"O mercado indiano de energia solar cresceu em média 72% nos últimos três anos, significa que agora cresce aproximadamente 8-9GW por ano", disse Vinay Rustagi, diretor-geral da Bridge to India. "O crescente mercado e o forte compromisso do governo com o setor em atrair os principais players do setor privado do mundo, resultou em tarifas mais baixas para os consumidores. O setor amadurece e há um formidável novo desafio que surge na forma de como absorver a crescente participação de energia intermitente na rede ", acrescentou o entrevistado.

Embora o relatório prevê 56GW de novas adições nos próximos cinco anos, o acompanhamento do CEO da pesquisa, lançou uma luz sobre as principais preocupações dentro da indústria.

"A indústria é mais otimista sobre as perspectivas de crescimento, mas ao mesmo tempo mais discreta sobre suas perspectivas de negócios individuais por causa da crescente concorrência e uma espremido rentabilidade", explicou Rustagi. "Há mais otimismo sobre o mercado de telhados com a expectativa de 12GW (CAGR 41%) a ser adicionado até 2021. A maior preocupação para o setor é a crescente capacidade de energia renovável, seguido de má condição financeira de DISCOMs, não obstante, o progresso feito no pacote da reforma de UDAY. Além disso, cerca de 45% dos entrevistados acham que a fraca implementação de medição líquida (NET Metering) continua a ser um grande desafio para o crescimento do mercado solar de telhado (Geração Distribuída)".

Fonte: PVT

quinta-feira, 4 de maio de 2017

BNDES cria fundo de R$ 500 mi com foco em energia renovável

Os títulos verdes entraram no radar do mercado local de renda fixa diante do crescimento do instrumento no exterior. A CPFL Renováveis teve a primeira debênture certificada internacionalmente e o BNDES, em parceria com a Vinci Partners, prepara um fundo de R$ 500 milhões para investir em projetos de energia sustentável. Lá fora, o estoque dos "green bonds" dobrou nos últimos 15 meses e representa mais de US$ 200 bilhões.

Apesar de não trazer diferença em termos de retorno ("yield"), para o emissor, a oferta desse instrumento de dívida é uma oportunidade para diversificar a base de investidores, ampliando as fontes de recursos. É com isso em mente que o BNDES resolveu criar o fundo.

André Salcedo, da área de mercado de capitais do BNDES, explica que a instituição já vinha fazendo investimentos em debêntures de infraestrutura de projetos de energia e observava pouca disposição do investidor para financiar obras no longo prazo.


Dependente do investidor pessoa física, que tem isenção de Imposto de Renda em debêntures de infraestrutura, esse mercado enfrenta restrições para o crescimento por conta do apetite desses investidores. O estoque desse segmento soma cerca de R$ 6,2 bilhões. "O que mais temos visto são projetos de energia e parques eólicos, vinculados a emissões pequenas. Elas têm maior dificuldade de colocação porque o investidor não quer ter uma fatia grande de uma emissão só, porque o próprio segmento não é muito conhecido e tem mais riscos do que outras áreas como transmissão", explica.

Disso surgiu a ideia de transformar os papéis de dívida em "green bonds", com certificação internacional, e criar um fundo para fomentá-los. De um lado, o banco começou a procurar um parceiro para atuar junto no fundo, o que resultou na escolha da Vinci Partners. Do outro, iniciou conversas com companhias para mostrar o benefício da certificação das emissões. A iniciativa é feita em parceria com a Climate Bonds Initiative, empresa que emite os selos.

"O fundo é simples, o BNDES vai ter participação de até 50% e o restante será captado pela Vinci com investidores institucionais. O primeiro benefício é acessar uma base de investidores mais ampla. Com isso, é possível que gradualmente vejamos redução nos spreads com a maior concorrência para comprar os papéis", afirma Marcello Almeida, sócio da Vinci.

Nessa linha, a CPFL Renováveis obteve a certificação internacional de uma emissão de debêntures no valor de R$ 200 milhões que já estava no mercado. É a primeira debênture a obter o selo internacional. Até então, só bônus emitidos por empresas no exterior conseguiram o selo, como é o caso da BRF e da Suzano Os recursos levantados pela CPFL serão utilizados para a construção dos projetos eólicos Campos dos Ventos e São Benedito no Rio Grande do Norte. Essa debênture, no entanto, não poderá ser comprada pelo fundo do BNDES por não ser de infraestrutura, seguindo a lei 12.431.

Linda Murasawa, superintendente-executiva de desenvolvimento sustentável do Santander, confirma que no mercado internacional não existe diferença de yield, mas que outro benefício importante é a agilidade na colocação dos papéis dado o bolso maior de dinheiro. "Os green bonds têm sido mais eficientes, com a venda feita em horas", disse. Ela explica que o principal motivo é a escassez de projetos sustentáveis.

Diante do tamanho da indústria de renda fixa global, o ramo ainda é pequeno, mas o que chama atenção é a taxa de crescimento. O mercado global ultrapassou US$ 200 bilhões em estoque no primeiro trimestre deste ano, consequência dos US$ 92 bilhões emitidos no ano passado e dos US$ 19 bilhões vendidos só nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, segundo o Bank of America Merrill Lynch (BofA). Desde janeiro de 2016, oito países e cerca de 150 novos emissores entraram no mercado. A China ofertou US$ 30 bilhões em 2016 e assumiu o posto de maior emissor. O banco americano projeta emissão de US$ 90 bilhões a US$ 130 bilhões em 2017 no cenário base, podendo chegar a US$ 150 no caso mais otimista.

O BNP Paribas prepara o lançamento para julho, na Europa, do seu primeiro fundo dedicado a esse instrumento, tendo já captado € 120 milhões, mas sem limite para o teto de recursos. Os investidores buscam yield, explica Felipe Gordillo, executivos de investimentos sustentáveis do BNP, mas só com esse instrumento encontra-se um caminho de transição para a economia de baixo carbono.

"Na França, como resultado da lei de transição energética, os investidores profissionais precisam informar como as empresas estão incorporando o critério de energia limpa em seus investimentos e como apoiam a questão da mudança do clima. Uma maneira de provar isso é mostrar que estão comprando cotas de um fundo dedicado [ao segmento]", diz Gordillo, do BNP.

Até agora, os especialistas não veem grande impacto do governo de Donald Trump nesse mercado, uma vez que a maior parte das emissões desses não tem saído dos Estados Unidos.

Fonte: Valor Econômico

Instalações solares da Tesla caem 25% no primeiro trimestre

A Tesla reportou queda nas suas instalações de energia solar fotovoltaica do primeiro trimestre 2017. As vendas foram de 150MW, abaixo, comparando os 201MW no trimestre anterior, uma diminuição de 25%, devido a tendência dos clientes comprarem o seu kit solar, em vez de alugarem, como a Tesla anteriormente mais oferecia.

A Tesla observou que os projetos seletivamente implementados e que tinham melhores resultados financeiros, estavam por trás do declínio, embora, as margens melhoraram drasticamente de 2,7% no quarto trimestre de 2016 para 29,1% no primeiro trimestre de 2017.

Clientes que invés de alugar, decidiram comprar os seus sistemas fotovoltaicos, representaram 31% das implantações no primeiro trimestre, comparado a 28% no trimestre anterior e 9% no período do ano anterior.

A divisão/franquia de energia da Tesla no primeiro trimestre de 2017 faturou USD 213,9 milhões, ante USD 131,4 milhões no trimestre anterior. As receitas desse segmento incluíram vendas de armazenamento de energia (baterias) equivalentes a 60MWh de armazenamento de energia, incluindo um projeto de armazenamento de 52MWh para a Kauai Island Utility Cooperative (KIUC) em Kauai, Havaí.

A instalações em GD da Tesla podem estar abaixo do esperado, devido a recentes informações de que a Tesla desestimulou as vendas diretas usando vendedores no porta-a-porta. A empresa recentemente começou a vender os kit solares e de armazenamento em várias lojas existentes da própria Tesla, afirmando que a "produtividade de vendas" melhorou em 50% a 100%, em relação aos "melhores locais de venda não-Tesla".

Telhas Solares

A Tesla também atualizou os planos para iniciar a produção de suas telhas solares, que iniciará a produção-piloto em sua fábrica em Fremont, Califórnia, no segundo trimestre, e que será a mesma instalação ocupada para a célula e a linha piloto de módulos da Suniva.

A companhia observou que "logo depois disso" mudaria a produção para a Gigafactory 2 em Buffalo, Nova York, que está planejado para ser operado pelo seu parceiro Panasonic.

No entanto, a Tesla observou que a Panasonic realmente fabricaria suas células solares HIT (Heterojunction with Intrinsic Thin layer) para suas telhas solares na Gigafactory 2. Especula-se de que o investimento inicial de USD 250 milhões da Panasonic nas instalações de Buffalo, seria atribuído apenas à montagem de módulos e telhas solares.

A produção de células, bem como a montagem de telhas solares na Gigafactory 2 com os investimentos iniciais, indicam uma capacidade de produção limitada, até que demonstre necessidade de aumentar em algum momento no segundo semestre de 2017.

Isso levou a empresa a iniciar planos para ter mais de 70 lojas da Tesla nos EUA e no exterior, com pessoas dedicadas as vendas dos kits solares e baterias ao longo dos próximos dois trimestres. A empresa não disse quantos empregos isso criaria. Relatórios recentes indicaram que a equipe de vendas que atuavam no modelo porta-a-porta, seriam, quando possível, remanejadas para trabalharem nessas lojas.

Fonte: PVT

terça-feira, 2 de maio de 2017

Grupo AES inaugura Espaço de Inovação dentro do CUBO Coworking

O Grupo AES inaugurou ontem, no CUBO, o espaço de inovação da companhia. Localizado no quinto andar do prédio, o ambiente tem o objetivo de promover a cocriação, interação e intercâmbio entre a AES e as startups, com foco nos cinco pilares da plataforma de inovação da companhia: Internet das Coisas, armazenamento de energia, eficiência energética, geração distribuída e veículos elétricos.

“O principal desafio para uma empresa elétrica hoje em dia é que os nossos clientes – governo, órgãos reguladores e a sociedade – exigem de nós três coisas: sustentabilidade, confiança e redução de custos. A indústria elétrica, hoje, é muito boa fazendo duas destas coisas. Nós estamos no CUBO hoje porque precisamos encontrar um modelo de negócio que nos permita realizar com sucesso as três coisas ao mesmo tempo”, destaca Julian Nebreda, presidente do Grupo no Brasil.

Em entrevista ao STARTUPI, Julian disse que inovação é uma parte central da missão estratégica da empresa.”Quando nós avaliamos como fazer inovação dentro de grandes empresas, um elemento central para realizar isso são os parceiros. Precisamos de pessoas que tenham acesso às tecnologias e que tenham ideias. Pensando em como criar esta comunicação, nos aliamos ao CUBO, que tem muita sinergia com a nossa missão.”
Teresa Vernaglia, vice-presidente de Novos Negócios da AES Brasil e Ricardo Kahn, gerente de inovação do Grupo, falam sobre o espaço de inovação do Grupo dentro do CUBO em São Paulo. Assista:

https://www.facebook.com/startupsbrasileiras/videos/1640126026001072/

“Nós estamos tentando trazer para este espaço um pouquinho de cada tecnologia que nós apostamos para o futuro da energia”, explica Ricardo Kahn, gerente de inovação da AES. Como parte da parceria com o coworking, o Grupo cobriu o prédio com 24 painéis solares, para auxiliar na distribuição de energia do CUBO. Em eficiência energética, foram trocadas as lâmpadas do coworking e colocados sensores conectados a uma plataforma de IoT, que dá visibilidade sobre todo o consumo e geração de energia do projeto.
Para armazenamento de energia, a AES criou um game com bicicletas ergométricas conectadas ao Slack do CUBO, e, para os veículos elétricos, agora o espaço conta com um carregador. “O mais importante, entretanto, é o espaço de relacionamento que criamos aqui. Aqui nós poderemos ter mais diálogo com os empreendedores e estarmos cada vez mais próximos das startups que apresentam soluções que tenham sinergia com os nossos direcionadores de inovação”, completa Kahn.


Palestras

Durante a abertura, aconteceram cinco mini-palestras que abordaram os temas-chave para a Inovação na AES.

Mobilidade

O Diretor de Marketing e novos Negócios da BYD, Adalberto Maluf, foi o primeiro palestrante no evento. O executivo falou sobre mobilidade elétrica como solução para reduzir poluição e ruídos urbanos, além de melhorar a qualidade de vida das pessoas.  Ressaltou também que essa já é uma prática  utilizada em larga escala nas maiores cidades do mundo.
Os veículos elétricos são mais eficientes e podem reduzir entre 70% e 90% o consumo de energia em relação aos modelos de combustão fóssil. “Cada vez mais as cidades fomentam projetos de veículos elétricos, em soluções associadas ao transporte público, como ônibus, táxis e caminhões de entrega e lixo. No setor privado, o interesse também é expressivo, principalmente, em relação à eficiência energética e redução do consumo operacional desses carros.”, ressalta.


Geração Distribuída

“A geração distribuída vem crescendo muito rapidamente no Brasil. Há dois anos e meio, tínhamos aproximadamente 600 sistemas instalados e, atualmente, ultrapassamos a marca de 8 mil instalações, com potência total de 80 MWp. Com este cenário, vemos adesão favorável à tecnologia e a tendência é que isso cresça muito. Segundo estudos da ABSOLAR, em 2024, a projeção é que esse número suba para 1,2 milhão de conexões”, explica Roseli Doreto​, Diretora da Energybras Energias Renováveis.
Ela também falou sobre como vê o papel das startups no desenvolvimento de tecnologias voltadas à energia. “Com a facilidade que essas empresas têm em desenvolver soluções, eles devem nos propiciar uma melhora considerável no sistema de distribuição. Esta é uma questão que vemos, no médio e longo prazo, como um possível complicador. Temos que estar bem preparados com os sistemas de monitoramento dessas redes, de forma em que elas possam receber essa energia. Uma coisa é ter dois ou três sistemas conectados e outra é ter um milhão injetando energia nessa rede.”

Armazenamento de Energia

O Diretor de Novas Tecnologias da AES Brasil, Rodrigo D’Elia, falou sobre aplicação e viabilidade do armazenamento de energia no país.
https://www.youtube.com/watch?v=8UFejwEoZl0


IoT

Para falar de Internet das Coisas, o Diretor de Tecnologia da Logicalis, Lucas Pinz, foi o convidado da AES para discursar sobre o assunto. O executivo comentou que o investimento nessa tecnologia pode gerar ganho de mercado, eficiência, redução de custos e aumento de competitividade.
As startups são fundamentais para o crescimento do IoT no mundo dos negócios. Estudos dizem que 60% das soluções são desenvolvidas por novos empreendedores, que se aproveitam desse tipo de tecnologia no business. Segundo Pinz, espaços de cocriação como este da AES Brasil no CUBO são muito importantes para que os produtos das startups tenham acesso ao mercado e às grandes empresas.


Eficiência Energética

Finalizando a agenda de palestras do lançamento do Espaço Inovação AES​, , as novas tendências em eficiência energética foram abordadas pelo Diretor de Inovação do Grupo, José Eugênio Hudson. Segundo Hudson, estudos dizem que o investimento em eficiência energética pode ser de duas a três vezes mais barato, gerando resultados melhores as empresa.
https://www.youtube.com/watch?v=ebRrgdd4f8U


Fonte: Startupi



segunda-feira, 1 de maio de 2017

Gerdau investe em sustentabilidade

Com investimentos de R$ 56 mil, a Gerdau em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, executa um projeto-piloto de geração de energia fotovoltaica. A proposta consiste na instalação de placas para captação de luz solar para consumo da empresa. O modelo testado deverá ser adotado em todas as unidades da Gerdau pelo Brasil. A geração de energia solar é 8% superior à necessária para funcionamento da unidade em Montes Claros.

Esse excedente é redistribuído para a concessionária da rede local e a empresa recebe o retorno em crédito em conta para utilizar em outras plantas em Minas Gerais. O projeto intitulado Inova Solar foi criado a partir da realização de uma programação com fornecedores e de pesquisas de especialistas, que avaliaram o cenário brasileiro, o consumo energético das unidades comerciais da Gerdau e as oportunidades do mercado de energia.
Renovável
É uma iniciativa que permite uma redução de custo por meio de uma fonte de energia limpa, segura e renovável. Além disso, traz receitas adicionais e aprendizado sobre um novo negócio”, garante o diretor de Matérias-primas, Suprimentos e Energias da Gerdau, Fernando Pessanha.

Além do projeto de captação de energia solar, a Gerdau conta com outros projetos sustentáveis. Anualmente, a empresa transforma 14 milhões de toneladas de sucata ferrosa em novos produtos.
“Os aprendizados em energia solar nos ajudam a desenvolver novos aços aplicáveis a este setor, que é uma nova frente para novos projetos no Brasil nos próximos anos. A Gerdau conta com cerca de 40% de autossuficiência baseada em geração hidrelétrica (renovável) e reaproveitamento dos gases do processo siderúrgico em Ouro Branco, região Central de Minas”, explica Pessanha.
Rentabilidade
Segundo estudo realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), os telhados de galpões e armazéns no país poderiam ser melhor explorados para geração de energia solar. No Brasil, esses estabelecimentos têm área total estimada em 12 milhões de metros quadrados e representam um potencial de investimentos de R$ 6,8 bilhões para a geração de energia fotovoltaica.
A entidade ainda estima que se a metade da área dos telhados dessas unidades fosse aproveitada para gerar energia limpa, a produção seria suficiente para abastecer cerca de 500 mil residências ou dois milhões de brasileiros – considerando que em cada um dos telhados seria instalada equipamentos para captação com potência de mil megawatts.
O potencial de geração de eletricidade seria de 1,7 mil megawatts/hora ao ano, o que corresponde a uma economia de aproximadamente R$ 900 milhões na conta de luz e a uma redução de emissões de CO2 de aproximadamente 132,7 mil toneladas por ano.
“O mercado de galpões e de armazéns é apenas um entre inúmeros que podem ser utilizados para alavancar o crescimento da energia solar fotovoltaica no Brasil”, garantiu o presidente-executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia. A Absolar ainda estima que, caso o sistema funcionasse, cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos poderiam ser gerados com a captação da energia solar.
Fonte: Hoje em Dia