sexta-feira, 12 de maio de 2017

Telhado solar da Tesla já está à venda — com “garantia infinita”

Com nova investida, a Tesla unifica três grandes ambições: combinar energia solar, baterias e carros elétricos

Em sua missão para acelerar a transição do mundo rumo a um futuro de energia mais sustentável, a Tesla anunciou ontem (10) que já começou a receber os primeiros pedidos para seus telhados solares, apresentados pela primeira vez ao mercado em outubro de 2016.

Diferentemente das instalações fotovoltaicas comuns, usadas em algumas casas para captar energia solar, o Solar Roof possui um design que se mescla à residência, como uma telha tradicional de barro ou ardósia. Mas, apesar do visual semelhante, o telhado da Tesla é feito de vidro temperado e texturizado.

O produto inicialmente só estará disponível para os moradores dos Estados Unidos. Mas a Tesla espera expandir para outros países, a partir de 2018, de acordo com a demanda.

Com essa nova investida, a Tesla unifica três grandes ambições: combinar energia solar, baterias e carros elétricos.

A empresa espera que a maioria das pessoas também instale em suas casas uma bateria da marca (Powerwall) para backup em caso de interrupção de energia. Ou seja, durante a noite ou em tempos chuvosos e sem sol, a energia estaria assegurada. De quebra, também será possível alimentar os carros elétricos da marca.

Segundo a empresa, as telhas solares são ultra-resistentes ao choque e contra granizo, vento, e incêndios e, por essa razão, têm “garantia infinita”.
“Feitas com vidro temperado, elas são três vezes mais forte do que as telhas padrão. É por isso que oferecemos a melhor garantia na indústria – a vida útil da sua casa, ou o infinito”, diz um post no blog oficial da marca.

A marca também garante que o seu produto é mais leve e barato do que os telhados convencionais, quando se considera a economia nas contas de eletricidade e os subsídios fiscais. Saiba mais: Como reduzir as contas de água e energia do seu negócio

A Tesla forneceu aos clientes uma calculadora para ter uma ideia de quanto custaria uma instalação para suas casas e o retorno em potencial no longo prazo.
S
egundo cálculos do site Verge, instalar um telhado solar da Tesla com 185 metros quadrados em uma casa em Nova York, descontando impostos e outras despesas, deverá custar cerca de 50 mil dólares e gerar economia da ordem de 64 mil dólares em 30 anos.

Fonte: Exame

terça-feira, 9 de maio de 2017

Célula solar mono e poli, produção será de 50:50 em 2018, mas mono é o futuro

A produção de células mono c-Si está prevista para responder por 49% de toda a produção de células c-Si em 2018, e se tornará a tecnologia dominante utilizada na indústria fotovoltaica até 2019, de acordo com a nova pesquisa contida na última versão do PV Manufacturing & Technology Relatório trimestral

Tendo sido retida no nível de 25% nos últimos anos, a produção de células monocristalina está marcada para ganhos de participação de mercado maciços nos próximos 18 meses, com 2017 sendo o ano de preparação, e 2018 quando a indústria é realmente abalada por um impulso coletivo que pode ser rastreada até o enorme sucesso de uma empresa em particular, LONGi Grupo.

Este artigo revisa a fundo para este breaking-news, explica os vários parâmetros que vieram a realização nos últimos anos, e esboça os passos finais do quebra-cabeças que esperamos ser cumpridos nos próximos 12 meses, e que irá definir um efeito de dominó em termos de competitividade específica de empresas e tecnologias até 2020.

Por que células poli/multi foi tão dominante?

Qualquer historiador instruído da indústria solar saberá que o solar começou como um mundo de células mono, com a indústria solar vivendo dos restos desde o início dominante da produção do polissilício - a indústria do semicondutor.

Os blocos de fundição através da solidificação direcionada, proporcionaram a descoberta que permitiu uma oferta econômica e de pureza suficiente de wafers para a produção de células solares, e esta tecnologia tornou-se desenfreada em toda a China, assim que a indústria solar passou do mundo acadêmico ao status comercial.

Multi-gigawatts de fornos de fundição foram instalados globalmente e a indústria solar passou de alguns GWs de demanda anual para o principal condutor de plantas de polissilício da indústria solar, e não mais de semicondutores. Nenhum país sintetizou essa revolução mais do que a China: e nenhuma empresa mais do que a GCL-Poly.

Economia de escala foi criada pela primeira vez, para o fornecimento de lingote/wafer para a indústria solar e atendidos perfeitamente para uma próspera multi c-Si. Na ocasião, uma estrutura de módulos de 60 células do tipo p-type na potência de 230-240W, estava se beneficiando da demanda atual.

Células mono tinham se tornado uma arte de nicho especifico, com uma cadeia de fornecimento definida para wafers de 5 polegadas, ou do tipo n-type de células, que foram determinados em suas demandas especificações de wafer. Mesmo que os wafers mono mudassem para 6 polegadas, a capacidade de produzir mono era contada na faixa de centenas de megawatts, pela GCL-Poly e muitos outros fabricantes.

Em seguida, a LONGi entrou em cena, e viu na indústria, o se seria a sua primeira grande mudança de rota no que se refere a uma atualização de processo produtivo. E, ao mesmo tempo, tudo isso forçou os preços caírem para 40 centavos de dólares por watt no final de 2016.

Comentários finais

Nesse contexto, as previsões derivadas da produção real de lingotes, oferta de wafer, produção de células, fornecimento de módulos e a demanda no mercado final, estão completas em uma perspectiva de cadeia de valor. O único tema desconhecido é o que acabará por se revelar no futuro, todavia, todos os sinais são claros para os módulos monocristalinos finalmente se tornarem a realidade em uma indústria madura e chegando a 100-GW anuais de instalação.

E se isso se tornar realidade, seria justo concluir hoje: mono é o futuro.

Fonte: PV Manufacturing & Technology

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Índia vai instalar 8,8GW de energia solar em 2017, diz empresa de pesquisa de mercado

A Índia vai instalar uma estimativa de 8.8GW de energia solar em 2017 de acordo com a empresa de consultoria e pesquisa de mercado Bridge to India.

O número é menor do que os 9.8GW previsto pela empresa Mercom no mês passado. Apesar do valor mais baixo, ainda seria suficiente para ver a Índia substituir o Japão como a terceira maior fonte de demanda final de energia solar FV em 2017.

De acordo com a última versão do manual solar FV Bridge to India, este representa o crescimento de 76% comparado a 2016.

"O mercado indiano de energia solar cresceu em média 72% nos últimos três anos, significa que agora cresce aproximadamente 8-9GW por ano", disse Vinay Rustagi, diretor-geral da Bridge to India. "O crescente mercado e o forte compromisso do governo com o setor em atrair os principais players do setor privado do mundo, resultou em tarifas mais baixas para os consumidores. O setor amadurece e há um formidável novo desafio que surge na forma de como absorver a crescente participação de energia intermitente na rede ", acrescentou o entrevistado.

Embora o relatório prevê 56GW de novas adições nos próximos cinco anos, o acompanhamento do CEO da pesquisa, lançou uma luz sobre as principais preocupações dentro da indústria.

"A indústria é mais otimista sobre as perspectivas de crescimento, mas ao mesmo tempo mais discreta sobre suas perspectivas de negócios individuais por causa da crescente concorrência e uma espremido rentabilidade", explicou Rustagi. "Há mais otimismo sobre o mercado de telhados com a expectativa de 12GW (CAGR 41%) a ser adicionado até 2021. A maior preocupação para o setor é a crescente capacidade de energia renovável, seguido de má condição financeira de DISCOMs, não obstante, o progresso feito no pacote da reforma de UDAY. Além disso, cerca de 45% dos entrevistados acham que a fraca implementação de medição líquida (NET Metering) continua a ser um grande desafio para o crescimento do mercado solar de telhado (Geração Distribuída)".

Fonte: PVT

quinta-feira, 4 de maio de 2017

BNDES cria fundo de R$ 500 mi com foco em energia renovável

Os títulos verdes entraram no radar do mercado local de renda fixa diante do crescimento do instrumento no exterior. A CPFL Renováveis teve a primeira debênture certificada internacionalmente e o BNDES, em parceria com a Vinci Partners, prepara um fundo de R$ 500 milhões para investir em projetos de energia sustentável. Lá fora, o estoque dos "green bonds" dobrou nos últimos 15 meses e representa mais de US$ 200 bilhões.

Apesar de não trazer diferença em termos de retorno ("yield"), para o emissor, a oferta desse instrumento de dívida é uma oportunidade para diversificar a base de investidores, ampliando as fontes de recursos. É com isso em mente que o BNDES resolveu criar o fundo.

André Salcedo, da área de mercado de capitais do BNDES, explica que a instituição já vinha fazendo investimentos em debêntures de infraestrutura de projetos de energia e observava pouca disposição do investidor para financiar obras no longo prazo.


Dependente do investidor pessoa física, que tem isenção de Imposto de Renda em debêntures de infraestrutura, esse mercado enfrenta restrições para o crescimento por conta do apetite desses investidores. O estoque desse segmento soma cerca de R$ 6,2 bilhões. "O que mais temos visto são projetos de energia e parques eólicos, vinculados a emissões pequenas. Elas têm maior dificuldade de colocação porque o investidor não quer ter uma fatia grande de uma emissão só, porque o próprio segmento não é muito conhecido e tem mais riscos do que outras áreas como transmissão", explica.

Disso surgiu a ideia de transformar os papéis de dívida em "green bonds", com certificação internacional, e criar um fundo para fomentá-los. De um lado, o banco começou a procurar um parceiro para atuar junto no fundo, o que resultou na escolha da Vinci Partners. Do outro, iniciou conversas com companhias para mostrar o benefício da certificação das emissões. A iniciativa é feita em parceria com a Climate Bonds Initiative, empresa que emite os selos.

"O fundo é simples, o BNDES vai ter participação de até 50% e o restante será captado pela Vinci com investidores institucionais. O primeiro benefício é acessar uma base de investidores mais ampla. Com isso, é possível que gradualmente vejamos redução nos spreads com a maior concorrência para comprar os papéis", afirma Marcello Almeida, sócio da Vinci.

Nessa linha, a CPFL Renováveis obteve a certificação internacional de uma emissão de debêntures no valor de R$ 200 milhões que já estava no mercado. É a primeira debênture a obter o selo internacional. Até então, só bônus emitidos por empresas no exterior conseguiram o selo, como é o caso da BRF e da Suzano Os recursos levantados pela CPFL serão utilizados para a construção dos projetos eólicos Campos dos Ventos e São Benedito no Rio Grande do Norte. Essa debênture, no entanto, não poderá ser comprada pelo fundo do BNDES por não ser de infraestrutura, seguindo a lei 12.431.

Linda Murasawa, superintendente-executiva de desenvolvimento sustentável do Santander, confirma que no mercado internacional não existe diferença de yield, mas que outro benefício importante é a agilidade na colocação dos papéis dado o bolso maior de dinheiro. "Os green bonds têm sido mais eficientes, com a venda feita em horas", disse. Ela explica que o principal motivo é a escassez de projetos sustentáveis.

Diante do tamanho da indústria de renda fixa global, o ramo ainda é pequeno, mas o que chama atenção é a taxa de crescimento. O mercado global ultrapassou US$ 200 bilhões em estoque no primeiro trimestre deste ano, consequência dos US$ 92 bilhões emitidos no ano passado e dos US$ 19 bilhões vendidos só nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, segundo o Bank of America Merrill Lynch (BofA). Desde janeiro de 2016, oito países e cerca de 150 novos emissores entraram no mercado. A China ofertou US$ 30 bilhões em 2016 e assumiu o posto de maior emissor. O banco americano projeta emissão de US$ 90 bilhões a US$ 130 bilhões em 2017 no cenário base, podendo chegar a US$ 150 no caso mais otimista.

O BNP Paribas prepara o lançamento para julho, na Europa, do seu primeiro fundo dedicado a esse instrumento, tendo já captado € 120 milhões, mas sem limite para o teto de recursos. Os investidores buscam yield, explica Felipe Gordillo, executivos de investimentos sustentáveis do BNP, mas só com esse instrumento encontra-se um caminho de transição para a economia de baixo carbono.

"Na França, como resultado da lei de transição energética, os investidores profissionais precisam informar como as empresas estão incorporando o critério de energia limpa em seus investimentos e como apoiam a questão da mudança do clima. Uma maneira de provar isso é mostrar que estão comprando cotas de um fundo dedicado [ao segmento]", diz Gordillo, do BNP.

Até agora, os especialistas não veem grande impacto do governo de Donald Trump nesse mercado, uma vez que a maior parte das emissões desses não tem saído dos Estados Unidos.

Fonte: Valor Econômico

Instalações solares da Tesla caem 25% no primeiro trimestre

A Tesla reportou queda nas suas instalações de energia solar fotovoltaica do primeiro trimestre 2017. As vendas foram de 150MW, abaixo, comparando os 201MW no trimestre anterior, uma diminuição de 25%, devido a tendência dos clientes comprarem o seu kit solar, em vez de alugarem, como a Tesla anteriormente mais oferecia.

A Tesla observou que os projetos seletivamente implementados e que tinham melhores resultados financeiros, estavam por trás do declínio, embora, as margens melhoraram drasticamente de 2,7% no quarto trimestre de 2016 para 29,1% no primeiro trimestre de 2017.

Clientes que invés de alugar, decidiram comprar os seus sistemas fotovoltaicos, representaram 31% das implantações no primeiro trimestre, comparado a 28% no trimestre anterior e 9% no período do ano anterior.

A divisão/franquia de energia da Tesla no primeiro trimestre de 2017 faturou USD 213,9 milhões, ante USD 131,4 milhões no trimestre anterior. As receitas desse segmento incluíram vendas de armazenamento de energia (baterias) equivalentes a 60MWh de armazenamento de energia, incluindo um projeto de armazenamento de 52MWh para a Kauai Island Utility Cooperative (KIUC) em Kauai, Havaí.

A instalações em GD da Tesla podem estar abaixo do esperado, devido a recentes informações de que a Tesla desestimulou as vendas diretas usando vendedores no porta-a-porta. A empresa recentemente começou a vender os kit solares e de armazenamento em várias lojas existentes da própria Tesla, afirmando que a "produtividade de vendas" melhorou em 50% a 100%, em relação aos "melhores locais de venda não-Tesla".

Telhas Solares

A Tesla também atualizou os planos para iniciar a produção de suas telhas solares, que iniciará a produção-piloto em sua fábrica em Fremont, Califórnia, no segundo trimestre, e que será a mesma instalação ocupada para a célula e a linha piloto de módulos da Suniva.

A companhia observou que "logo depois disso" mudaria a produção para a Gigafactory 2 em Buffalo, Nova York, que está planejado para ser operado pelo seu parceiro Panasonic.

No entanto, a Tesla observou que a Panasonic realmente fabricaria suas células solares HIT (Heterojunction with Intrinsic Thin layer) para suas telhas solares na Gigafactory 2. Especula-se de que o investimento inicial de USD 250 milhões da Panasonic nas instalações de Buffalo, seria atribuído apenas à montagem de módulos e telhas solares.

A produção de células, bem como a montagem de telhas solares na Gigafactory 2 com os investimentos iniciais, indicam uma capacidade de produção limitada, até que demonstre necessidade de aumentar em algum momento no segundo semestre de 2017.

Isso levou a empresa a iniciar planos para ter mais de 70 lojas da Tesla nos EUA e no exterior, com pessoas dedicadas as vendas dos kits solares e baterias ao longo dos próximos dois trimestres. A empresa não disse quantos empregos isso criaria. Relatórios recentes indicaram que a equipe de vendas que atuavam no modelo porta-a-porta, seriam, quando possível, remanejadas para trabalharem nessas lojas.

Fonte: PVT

terça-feira, 2 de maio de 2017

Grupo AES inaugura Espaço de Inovação dentro do CUBO Coworking

O Grupo AES inaugurou ontem, no CUBO, o espaço de inovação da companhia. Localizado no quinto andar do prédio, o ambiente tem o objetivo de promover a cocriação, interação e intercâmbio entre a AES e as startups, com foco nos cinco pilares da plataforma de inovação da companhia: Internet das Coisas, armazenamento de energia, eficiência energética, geração distribuída e veículos elétricos.

“O principal desafio para uma empresa elétrica hoje em dia é que os nossos clientes – governo, órgãos reguladores e a sociedade – exigem de nós três coisas: sustentabilidade, confiança e redução de custos. A indústria elétrica, hoje, é muito boa fazendo duas destas coisas. Nós estamos no CUBO hoje porque precisamos encontrar um modelo de negócio que nos permita realizar com sucesso as três coisas ao mesmo tempo”, destaca Julian Nebreda, presidente do Grupo no Brasil.

Em entrevista ao STARTUPI, Julian disse que inovação é uma parte central da missão estratégica da empresa.”Quando nós avaliamos como fazer inovação dentro de grandes empresas, um elemento central para realizar isso são os parceiros. Precisamos de pessoas que tenham acesso às tecnologias e que tenham ideias. Pensando em como criar esta comunicação, nos aliamos ao CUBO, que tem muita sinergia com a nossa missão.”
Teresa Vernaglia, vice-presidente de Novos Negócios da AES Brasil e Ricardo Kahn, gerente de inovação do Grupo, falam sobre o espaço de inovação do Grupo dentro do CUBO em São Paulo. Assista:

https://www.facebook.com/startupsbrasileiras/videos/1640126026001072/

“Nós estamos tentando trazer para este espaço um pouquinho de cada tecnologia que nós apostamos para o futuro da energia”, explica Ricardo Kahn, gerente de inovação da AES. Como parte da parceria com o coworking, o Grupo cobriu o prédio com 24 painéis solares, para auxiliar na distribuição de energia do CUBO. Em eficiência energética, foram trocadas as lâmpadas do coworking e colocados sensores conectados a uma plataforma de IoT, que dá visibilidade sobre todo o consumo e geração de energia do projeto.
Para armazenamento de energia, a AES criou um game com bicicletas ergométricas conectadas ao Slack do CUBO, e, para os veículos elétricos, agora o espaço conta com um carregador. “O mais importante, entretanto, é o espaço de relacionamento que criamos aqui. Aqui nós poderemos ter mais diálogo com os empreendedores e estarmos cada vez mais próximos das startups que apresentam soluções que tenham sinergia com os nossos direcionadores de inovação”, completa Kahn.


Palestras

Durante a abertura, aconteceram cinco mini-palestras que abordaram os temas-chave para a Inovação na AES.

Mobilidade

O Diretor de Marketing e novos Negócios da BYD, Adalberto Maluf, foi o primeiro palestrante no evento. O executivo falou sobre mobilidade elétrica como solução para reduzir poluição e ruídos urbanos, além de melhorar a qualidade de vida das pessoas.  Ressaltou também que essa já é uma prática  utilizada em larga escala nas maiores cidades do mundo.
Os veículos elétricos são mais eficientes e podem reduzir entre 70% e 90% o consumo de energia em relação aos modelos de combustão fóssil. “Cada vez mais as cidades fomentam projetos de veículos elétricos, em soluções associadas ao transporte público, como ônibus, táxis e caminhões de entrega e lixo. No setor privado, o interesse também é expressivo, principalmente, em relação à eficiência energética e redução do consumo operacional desses carros.”, ressalta.


Geração Distribuída

“A geração distribuída vem crescendo muito rapidamente no Brasil. Há dois anos e meio, tínhamos aproximadamente 600 sistemas instalados e, atualmente, ultrapassamos a marca de 8 mil instalações, com potência total de 80 MWp. Com este cenário, vemos adesão favorável à tecnologia e a tendência é que isso cresça muito. Segundo estudos da ABSOLAR, em 2024, a projeção é que esse número suba para 1,2 milhão de conexões”, explica Roseli Doreto​, Diretora da Energybras Energias Renováveis.
Ela também falou sobre como vê o papel das startups no desenvolvimento de tecnologias voltadas à energia. “Com a facilidade que essas empresas têm em desenvolver soluções, eles devem nos propiciar uma melhora considerável no sistema de distribuição. Esta é uma questão que vemos, no médio e longo prazo, como um possível complicador. Temos que estar bem preparados com os sistemas de monitoramento dessas redes, de forma em que elas possam receber essa energia. Uma coisa é ter dois ou três sistemas conectados e outra é ter um milhão injetando energia nessa rede.”

Armazenamento de Energia

O Diretor de Novas Tecnologias da AES Brasil, Rodrigo D’Elia, falou sobre aplicação e viabilidade do armazenamento de energia no país.
https://www.youtube.com/watch?v=8UFejwEoZl0


IoT

Para falar de Internet das Coisas, o Diretor de Tecnologia da Logicalis, Lucas Pinz, foi o convidado da AES para discursar sobre o assunto. O executivo comentou que o investimento nessa tecnologia pode gerar ganho de mercado, eficiência, redução de custos e aumento de competitividade.
As startups são fundamentais para o crescimento do IoT no mundo dos negócios. Estudos dizem que 60% das soluções são desenvolvidas por novos empreendedores, que se aproveitam desse tipo de tecnologia no business. Segundo Pinz, espaços de cocriação como este da AES Brasil no CUBO são muito importantes para que os produtos das startups tenham acesso ao mercado e às grandes empresas.


Eficiência Energética

Finalizando a agenda de palestras do lançamento do Espaço Inovação AES​, , as novas tendências em eficiência energética foram abordadas pelo Diretor de Inovação do Grupo, José Eugênio Hudson. Segundo Hudson, estudos dizem que o investimento em eficiência energética pode ser de duas a três vezes mais barato, gerando resultados melhores as empresa.
https://www.youtube.com/watch?v=ebRrgdd4f8U


Fonte: Startupi



segunda-feira, 1 de maio de 2017

Gerdau investe em sustentabilidade

Com investimentos de R$ 56 mil, a Gerdau em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, executa um projeto-piloto de geração de energia fotovoltaica. A proposta consiste na instalação de placas para captação de luz solar para consumo da empresa. O modelo testado deverá ser adotado em todas as unidades da Gerdau pelo Brasil. A geração de energia solar é 8% superior à necessária para funcionamento da unidade em Montes Claros.

Esse excedente é redistribuído para a concessionária da rede local e a empresa recebe o retorno em crédito em conta para utilizar em outras plantas em Minas Gerais. O projeto intitulado Inova Solar foi criado a partir da realização de uma programação com fornecedores e de pesquisas de especialistas, que avaliaram o cenário brasileiro, o consumo energético das unidades comerciais da Gerdau e as oportunidades do mercado de energia.
Renovável
É uma iniciativa que permite uma redução de custo por meio de uma fonte de energia limpa, segura e renovável. Além disso, traz receitas adicionais e aprendizado sobre um novo negócio”, garante o diretor de Matérias-primas, Suprimentos e Energias da Gerdau, Fernando Pessanha.

Além do projeto de captação de energia solar, a Gerdau conta com outros projetos sustentáveis. Anualmente, a empresa transforma 14 milhões de toneladas de sucata ferrosa em novos produtos.
“Os aprendizados em energia solar nos ajudam a desenvolver novos aços aplicáveis a este setor, que é uma nova frente para novos projetos no Brasil nos próximos anos. A Gerdau conta com cerca de 40% de autossuficiência baseada em geração hidrelétrica (renovável) e reaproveitamento dos gases do processo siderúrgico em Ouro Branco, região Central de Minas”, explica Pessanha.
Rentabilidade
Segundo estudo realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), os telhados de galpões e armazéns no país poderiam ser melhor explorados para geração de energia solar. No Brasil, esses estabelecimentos têm área total estimada em 12 milhões de metros quadrados e representam um potencial de investimentos de R$ 6,8 bilhões para a geração de energia fotovoltaica.
A entidade ainda estima que se a metade da área dos telhados dessas unidades fosse aproveitada para gerar energia limpa, a produção seria suficiente para abastecer cerca de 500 mil residências ou dois milhões de brasileiros – considerando que em cada um dos telhados seria instalada equipamentos para captação com potência de mil megawatts.
O potencial de geração de eletricidade seria de 1,7 mil megawatts/hora ao ano, o que corresponde a uma economia de aproximadamente R$ 900 milhões na conta de luz e a uma redução de emissões de CO2 de aproximadamente 132,7 mil toneladas por ano.
“O mercado de galpões e de armazéns é apenas um entre inúmeros que podem ser utilizados para alavancar o crescimento da energia solar fotovoltaica no Brasil”, garantiu o presidente-executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia. A Absolar ainda estima que, caso o sistema funcionasse, cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos poderiam ser gerados com a captação da energia solar.
Fonte: Hoje em Dia

domingo, 30 de abril de 2017

Boom dos carros elétricos é tão real, que até as gigantes do petróleo já estão se preparando

Os carros elétricos estão chegando rápido! E isso não é apenas a opinião de somente da indústria automobilística.

A Total Petroquímica SA, um dos maiores produtores mundiais de petróleo, refinaria e derivados, anunciou agora que um novo planejamento deve ser realizado pois Veículos Elétricos (VEs) podem constituir quase um terço das vendas de automóveis novos no inicio da próxima década.

O aumento de veículos movidos a bateria fará com que a demanda de combustíveis à base de petróleo atinja o pico nos anos 2030, afirmou Joel Couse, Economista-Chefe de Energia da Total SA disse em conferencia nesta Terça-Feira em Nova Iorque à Bloomberg New Energy Finance.


"A demanda de combustíveis fósseis atingirá seu pico em 2030. No qual, espera-se que 30% da frota já seja elétrica. Após isso, provavelmente haverá declínio na demanda e os postos de combustíveis iniciam sua era para a extinção" (Joel Couse da TOTAL SA)

A projeção de Couse (da TOTAL SA) para carros elétricos é maior que a projeção da BNEF (Bloomberg New Energy Finance), disse Colin McKerracher, Chefe de Análise Avançada de Transporte em Bloomberg New Energy Finance.

"Isso é grande. Isso é a previsão mais agressiva que vimos até então. O que de fato nos deixa eufóricos e empolgados uma vez que a previsão foi realizada por uma Petroquimica." disse McKerracher (da BNEF)

Outras companhias petrolíferas têm reduzido suas previsões de longo prazo para a demanda por petróleo. O executivo-chefe da Royal Dutch Shell Plc, Ben van Beurden, disse em março que a demanda de petróleo pode atingir o pico no final da década de 2020. Ele criou uma unidade de negócios para identificar as tecnologias limpas onde poderia ser mais rentável.

Os carros elétricos estão começando a competir com os modelos da gasolina no preço e no desempenho. A parte mais cara de um carro elétrico é a bateria, que pode representar até metade do custo total, de acordo com BNEF. Os primeiros carros elétricos para ser competitivo no preço estiveram na classe de luxo, conduzida pelo modelo S de Tesla Inc., que é agora o carro de luxo grande best-seller nos Estados Unidos.

"Mas os preços das baterias estão caindo em cerca de 20 por cento ao ano, e as montadoras gastam bilhões para eletrificar suas frotas. A Volkswagen AG tem como objetivo que 25% de suas vendas sejam elétricas até 2025. A Toyota planeja eliminar os combustíveis fósseis em 2050." (Conferencia de Chicago - 2016)

Os carros elétricos compõem atualmente aproximadamente 1 por cento de vendas globais do veículo, mas as industrias automobilísticas tradicionais estão preparando-se para a transformação.
Em 2018, a Volkswagen trabalha em eletrificação com um Audi SUV será o primeiro modelo elétrico de alta velocidade nos EUA para competir com os Superchargers da Tesla. A Jaguar e a Volvo Cars da Tata Motors também têm carros promissores a caminho, e até 2020, a avalanche realmente começa, com a Mercedes-Benz, a VW, a General Motors Co. e outras lançando dezenas de novos modelos. (Conferencia de Chicago - 2016)

"Até 2020, haverá mais de 120 modelos diferentes de VE (Veículos Elétricos) de todos espectros. Estes são grandes carros. Eles farão o equivalente à combustão interna parecer antiquado, poluente e ultrapassado...uma relíquia de museu!"disse Michael Liebreich, fundador da Bloomberg New Energy Finance.


Fonte: BNEF

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Bandeira tarifária será vermelha em maio; cobrança extra é de R$ 3 a cada 100 kWh

Definição da bandeira foi anunciada nesta sexta pela Aneel. Cor vermelha indica custo alto de geração de energia no país devido à falta de chuvas e uso de termelétricas.

A bandeira tarifária permanecerá na cor vermelha, patamar 1, durante o mês de maio, com combrança extra, nas contas de luz, de R$ 3 a cada 100 kWh de energia consumidos. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (28) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
É o segundo mês seguido de bandeira vermelha, que passou a vigorar em abril, após mais de um ano sem ser acionada. Em março, a bandeira estava na cor amarela.
A evolução das cores da bandeira tarifária indica que o custo de produção de energia no país aumentou nos últimos meses. Isso está relacionado com a chuva abaixo do previsto, o que acaba reduzindo o armazenamento de água nos reservatórios das hidrelétricas ou fazendo com que esse armazenamento suba menos que o esperado.


Quando isso acontece, aumenta a necessidade de uso de energia gerada por termelétricas, que é mais cara que a das hidrelétricas (as termelétricas usam combustível para produzir eletricidade). Por isso, sobe a cobrança extra da bandeira nas contas de luz.
Valores das bandeiras tarifárias aprovados pela Aneel para 2017 (Foto: Arte/G1) Valores das bandeiras tarifárias aprovados pela Aneel para 2017 (Foto: Arte/G1)
Valores das bandeiras tarifárias aprovados pela Aneel para 2017 (Foto: Arte/G1)
A bandeira ficar verde quando há pouca ou nenhuma necessidade de geração de energia por termelétricas. Se essa necessidade aumenta um pouco, a bandeira fica amarela, e passam a ser cobrados R$ 2 dos consumidores a cada 100 kWh consumidos.
Quando o custo sobe muito, a bandeira, então, fica na cor vermelha e pode variar entre dois patamares. A cobrança extra nas contas de luz varia de R$ 3 a R$ 3,50 para cada 100 kWh usados.


Fonte: Aneel

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Investimento em energia limpa recua 17% no primeiro trimestre, aponta BNEF

Total dos aportes soma US$ 53,6 bilhões com quedas de 24% nos Estados Unidos e de 11% na China. Brasil apresenta retração de 3%

Um levantamento feito pela Bloomberg New Energy Finance (BNEF) aponta que o investimento mundial em energia limpa totalizou US$ 53,6 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Esse volume de aportes representa 17% menos em relação ao primeiro trimestre de 2016. Os pontos fortes incluíram US$ 1,4 bilhão de ações emitidas pela Tesla e o estimado investimento de US$ 650 milhões pela Enel em seu complexo fotovoltaico de 754MW em Villanueva, no México.
As características mais fracas dos investimentos incluíram a queda de 60% em financiamentos eólicos offshore em relação ao ano anterior, caindo de US$ 11,5 bilhões no primeiro trimestre de 2016, para US$ 4,6 bilhões no mesmo período em 2017. Os Estados Unidos registraram US$ 9,4 bilhões investidos no primeiro trimestre, uma queda de 24%, e a China registrou US$ 17,2 bilhões, uma queda de 11%.

Na análise de Jon Moore, executivo-chefe da BNEF, o primeiro trimestre deste ano reflete, mais uma vez, a queda nos custos médios de capital por megawatt para energia eólica e solar. Esta tendência, comenta, significa é possível financiar quantidades equivalentes de capacidade nessas tecnologias com menos necessidade de recursos. Os analistas da BNEF esperam que tanto a energia eólica, quanto a solar, registrem números similares - ou maiores - de megawatts instalados do que no último ano.
Os maiores projetos financiados incluíram o parque eólico offshore de 497 MW de Hohe See na Alemanha, com US$ 1,9 bilhão, e a matriz de energia eólica offshore CPI Binhai H2 da China, com 400 MW, por US$ 911 milhões. Em energia eólica onshore, o maior negócio foi para o portfólio de energia da Texoma, nos EUA, com 500 MW. Em painéis solares fotovoltaicos, a maior transação foi Villanueva no México, enquanto em geotérmica, foi a usina Supreme Energy Muara Laboh de 80 MW e US$ 590 milhões.

A categoria de projetos solares de pequena escala de menos de 1 MW apresentou um recorde de US$ 10,7 bilhões para o primeiro trimestre, 8% acima do mesmo trimestre do ano anterior. O investimento dos mercados de ações para energia limpa saltou 215% em relação ao ano anterior para US$ 2,1 bilhões devido, principalmente, ao reforço de capital da Tesla que captou US$ 977,5 milhões por meio de uma emissão conversível e outros US$ 402,5 milhões por meio de uma emissão secundária de ações.

Além dos recuos apontados nos Estados Unidos e na China, houve uma queda de 91%, para US$ 1,2 bilhão, no Reino Unido, onde não houve nenhum financiamento eólico offshore novo para comparar com o resultado do ano passado. No entanto, o investimento alemão aumentou 96% em relação ao ano anterior com US$ 3 bilhões, enquanto a França cresceu 145%, com US$ 1,1 bilhão, e o Japão 36% com US$ 4,1 bilhões.
Os países em desenvolvimento também tiveram resultados variados no primeiro trimestre. O investimento indiano foi de US$ 2,8 bilhões, com uma queda de apenas 2%, enquanto do México aumentou 47 vezes com US$ 2,3 bilhões e o Brasil caiu 3% com US$ 1,8 bilhão.

Fonte C.E.

Irradiação solar no RJ equivale à média alemã, mostra Atlas do estado

Estudo lançado pelo governo fluminense quer promover o investimento em energia solar fotovoltaica e heliotérmica

Com níveis de insolação variando de 1.460 a 2.010 kWh/m² ao longo do ano, o estado do Rio de Janeiro apresenta um potencial de produção de energia elétrica por fonte solar equivalente ao Alemanha, líder mundial na instalação de sistemas fotovoltaicos e cujo nível de irradiação é de 1.700 kWh/m², em média. Os números constam do Atlas Solar do Estado do Rio de Janeiro, lançado nesta quarta-feira, 19 de abril, pelo governo fluminense com o objetivo de promover o investimento em energia solar fotovoltaica e heliotérmica, desenvolvendo a indústria fotovoltaica local.


No site www.atlasriosolar.com.br, há a possibilidade de fazer o download do Atlas e, através de um simulador, gerar dados sobre tamanho do painel fotovoltaico para um determinado empreendimento, a capacidade de geração e o prazo de retorno do investimento. A simulação está disponível para todos os municípios do estado do Rio, e é voltada para os segmentos residencial, comercial e industrial. A ideia é possibilitar uma avaliação rápida da viabilidade econômica de um investimento em energia solar.
O estudo aponta que a região do Norte Fluminense, parte da Região dos Lagos e o litoral Sul do estado são as áreas com o maior potencial para produção de energia solar fotovoltaica. Mesmo na Região Serrana, área do estado com a menor capacidade de geração solar, a implantação de um sistema fotovoltaico apresenta viabilidade econômica. O Atlas permite calcular a economia nas tarifas de luz com a instalação de sistemas fotovoltaicos conectados à rede de distribuição, considerando a possibilidade de recebimento de créditos com a venda da produção excedente.

Segundo o Banco de Informações de Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica, o estado do Rio é o quarto maior em número de instalações fotovoltaicas, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. São 842 empreendimentos em operação somando capacidade total instalada soma 5.322 quilowatts pico (kWp). O maior projeto fotovoltaico do estado é o Maracanã Solar, de 360 kW, instalado pela Light no estádio do Maracanã. O Atlas Solar foi elaborado pelo governo do Rio em parceria com a EDF Norte Fluminense, a PUC-Rio e a EGPEnergia.

Fonte: C.E.

Banco do Brasil lança linha de financiamento para renováveis no meio rural

BB Agro Energia espera liberar R$ 2,5 bilhões e vai beneficiar pessoas físicas , jurídicas e cooperativas

O Banco do Brasil lançou o BB Agro Energia, um novo programa de linhas de financiamento voltado para o uso de energia renováveis no meio rural, tanto para pessoas físicas, jurídicas e cooperativas. A estimativa é que ela libere R$ 2,5 bilhões em 2017. O programa vai possibilitar a instalação de placas fotovoltaicas, aerogeradores ou biodigestores nos terrenos de modo a reduzir os custos de produção, transformá-los em autoprodutores, transferência de tecnologia ao campo e ampliação dos negócios com o setor agropecuário.

As linhas que englobam o programa são as seguintes: FCO Rural, Inovagro, Investe Agro e Pronamp, para a agricultura empresarial; Pronaf Eco, para a agricultura familiar; e Pronaf Agroindústria e Prodecoop, para cooperativas agropecuárias. As taxas variam de 2,5% até 12,75% ao ano e o prazo médio de 10 anos. O financiamento pode ir até 100% do projeto.

De acordo com o presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar e Fotovoltaica, Rodrigo Sauaia, o programa representa uma evolução para o financiamento da fonte, uma vez que o BB Agro Energia é completamente direcionado para o setor agrícola, além de ser uma ação coordenada. "O programa tem abrangência nacional, agora o foco é o agronegócio brasileiro. Isso é muito sinérgico", afirma. O aspecto da sustentabilidade no campo também foi elogiado pelo presidente da associação. Ele também lembrou que A Absolar vem há dois anos debatendo com banco a implantação de linhas de crédito para o setor. A associação também atua junto ao banco para a abertura de uma linha de financiamento para consumidores na área urbana.

Áreas como suinocultura e avicultura, que tem consumo de energia bastante elevado poderão se beneficiar das linhas. Para obter o financiamento, é necessário que os projetos devam ter até 1 MW. O financiamento também poderá comtemplar equipamentos que vão atuar de forma isolada em uma propriedade, não precisando estar conectado à rede.

Fonte: C.E.

Leilão inverso será realizado até 31 de agosto, diz MME

Intenção do governo é permitir que agentes desistam de projetos com contratos de energia de reserva por meio de um processo competitivo

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 20 de abril, a Portaria no. 151 que traz as diretrizes para a realização do inédito leilão inverso, cujo objetivo é descontratar projetos de energia de reserva. O certame deverá ser realizado até 31 de agosto deste ano.

A intenção do governo é permitir, por meio de um processo competitivo, que agentes desistam de projetos já contratados, mas que hoje se tornaram economicamente difíceis de serem viabilizados. O distrato estará condicionado ao pagamento de um prêmio em dinheiro por parte dos agentes de geração em favor do governo.   O leilão inverso vem sendo gestado pelo governo desde o final do ano passado. A ideia é eliminar os "projetos de papel" para conhecer a real oferta de energia do sistema. Atualmente, o setor convive com um excesso de contratos que distorcem a real oferta de energia.


Os Contratos de Energia de Reserva (CER) são compras feitas pelo governo via leilão para dar segurança ao sistema elétrico nacional, portanto, não guardam relação direta com a demanda de mercado.   De acordo com a Portaria, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) será a responsável por elaborar o edital do certame. O MME definirá o limite máximo de energia a ser descontratada  com base em estudos feitos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), os quais deverão considerar o atendimento aos requisitos de segurança no fornecimento do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Poderão participar do certame empreendimentos com contratos do tipo CER que não tenham iniciado o processo de comissionamento. Os agentes participantes deverão ofertar um "lance prêmio", em Reais por MWh, para cada projeto que queiram descontratar. O MME selecionará as propostas observando o critério de diferenciação das fontes energéticas.   Para fins de classificação, o lance prêmio será acrescido do preço de venda da energia, atualizado pelo índice previsto no CER para o mês anterior ao de realização do leilão, compondo o lance final.  Os lances finais serão ordenados de forma decrescente, do maior para o menor, tendo prioridade na descontratação a proposta com maior lance final. Em caso de empate, o desempate será realizado pelo maior preço contratual, seguido pela maior quantidade contratada e, caso persista o empate, por seleção randômica.

A consultoria Thymos Energia estima que o leilão de descontratação de energia de reserva deve movimentar 1.500 MW médios, principalmente usinas eólicas e solares de pequeno porte. O cálculo considera o volume de projetos contratados nos últimos anos e que não estão sendo implantados no ritmo adequado. A viabilização dessas usinas com problemas demandaria investimentos de R$ 3 bilhões.

Fonte: C.E.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Energia renovável cresce para um futuro promissor

SEGUNDO ESTUDO DA AGÊNCIA, 161 GW FORAM ACRESCIDOS NO ANO PASSADO, SENDO A MAIOR PARTE NA ÁSIA E ORIUNDA DE FONTE SOLAR

A capacidade de geração de energia renovável no mundo em 2016 aumentou em 161 GW, tornando o ano o de maior acréscimo de capacidade instalada em fontes limpas. O levantamento foi divulgado na última quinta-feira (30) pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) e compõe o estudo “Estatísticas de Capacidade Energética Renovável 2017”, cuja estimativa é que, no final do ano passado, a capacidade instalada de geração renovável do mundo tenha atingido 2.006 GW, com um forte crescimento da fonte solar.

Os novos dados da Irena mostram que a expansão do ano passado aumentou a capacidade de energia renovável do mundo em 8,7%, com um recorde de 71 GW de energia solar nova liderando esse crescimento. O ano de 2016 foi o primeiro desde 2013 em que a expansão da geração solar ultrapassou a da energia eólica, que aumentou 51 GW. As capacidades de energia hidrelétrica e biomassa aumentaram 30 GW e 9 GW respectivamente, enquanto a da energia geotérmica aumentou pouco menos de 1 GW.
A região que mais acresceu geração renovável em 2016 foi a Ásia, respondendo por 58% das adições registradas entre janeiro e dezembro. Com isso, o continente chegou a 41% da capacidade total instalada renovável no mundo – ou 812 GW. A África instalou 4,1 GW de nova capacidade em 2016, o dobro de 2015. De acordo com o estudo da Irena, a capacidade de energia elétrica renovável fora da rede atingiu 2.800 MW ao final de 2016, sendo cerca de 40% da eletricidade off-grid vindo de energia solar e 10% pela energia hidrelétrica.

Fonte: Agência CanalEnergia

ENERGIELABOR: Laboratório pioneiro em energia solar fotovoltaica

Saiba mais sobre um dos sistemas fotovoltaicos mais antigos da Alemanha, que já ultrapassou em mais de dez anos sua vida útil.
Muitas vezes o que se ouve é que a vida útil de um sistema fotovoltaico é de 25 anos. Porém essa é apenas uma expectativa do fabricante. Um sistema bem dimensionado, de boa qualidade e bem cuidado pode durar mais de 30 anos, como é o caso dos módulos presentes no Energielabor, um laboratório da Universidade de Oldenburg na Alemanha. O sistema fotovoltaico no Energielabor é o mais antigo do país e provavelmente um dos mais antigos do mundo ainda em operação.
Os 336 módulos da Universidade de Oldenburg criaram a oportunidade de analisar a vida útil de células solares, assim como estudar o cálculo de eficiência econômica dessa tecnologia. Os módulos já passaram em mais de dez anos o “prazo de validade” e, ainda que não tenham o mesmo desempenho, continuam gerando eletricidade para o laboratório.
Verifica-se que existem dois fatores principais que limitam a vida útil dos sistemas fotovoltaicos: as características do semicondutor utilizado na célula solar e a proteção contra intempéries ambientais e acidentes. Para as células de Oldenburg o material usado foi o silício, um semicondutor durável e que não sofre muitas alterações ao longo do tempo. Ainda hoje o silício é o metal que compõe grande parte dos paineis fotovoltaicos.
No que diz respeito à proteção, o uso de coberturas de vidro, conexões de cabos e revestimento plástico são necessários, mas devem ser analisados periodicamente. Afinal, assim como qualquer outro produto, o sistema tem seu processo de degradação!
Para compreender o real estado dos módulos do Energielabor, e criar precedentes sobre a vida útil de sistemas fotovoltaicos, foram feitas medições contínuas em laboratório . Os resultados foram surpreendentes, como reportado pela Universidade de Oldenburg. Em artigo publicado, concluiu-se que “prevendo os desvios habituais das especificações do fabricante, que são destinadas a um desempenho operacional ideal pouco realista, após 35 anos de operação os módulos exibiram apenas alterações mínimas em relação aos parâmetros-chave.”.
São estudos como esse que fazem com que a energia solar fotovoltaica seja mais competitiva e ganhe mercado. Desde a instalação do sistema de Oldenburg houveram grandes avanços no campo da energia fotovoltaica. Os módulos disponíveis atualmente são quase duas vezes mais eficientes que os do “Energielabor” e os custos de implementação e da eletricidade gerada pela tecnologia diminuíram consideravelmente. Assim, o potencial de desenvolvimento é visível.
O crescimento do mercado no ano de 2015 foi equivalente a toda a capacidade acumulada instalada dos últimos dez anos. A energia solar fotovoltaica é a fonte renovável que mais cresce em capacidade no mundo além de ser a que mais emprega novos postos (Renewables 2016: Global Status Report – REN 21). E o Brasil não fica para trás, apresentando dados incríveis na geração distribuída. O número de novas instalações de micro e minigeração registrado em 2017 está quase alcançando o número total do ano anterior.
É dessa forma, com estudos, pesquisas e incentivos, que a energia solar fotovoltaica tem sua participação no mercado mundial, sendo uma das soluções para a transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável.

Fonte: Solstício


sábado, 25 de março de 2017

Café com Energia recebe presidente executivo da Absolar

O Núcleo de Energia da FIEC, em parceria com o Núcleo de Economia e Estratégia e All About Eventos, realizou nesta sexta-feira (24) mais uma edição do evento Café com Energia. A manhã dedicada ao debate sobre o setor energético brasileiro contou com a palestra de Rodrigo Lopes Sauaia, presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), com o tema “Energia Solar Fotovoltaica: Panorama, Oportunidades e Desafios”.

O Secretário Adjunto de Energia, Mineração e Telecomunicações, Renato Rolim, participou da programação e mencionou os esforços do Governo do Estado em criar um cenário positivo para os investimentos em energia solar. Nicole Barbosa, presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), presente ao evento, reforçou a intenção de incentivar não apenas a instalação de usinas, mas também a cadeia produtiva, com a atração de industriais de componentes.
Sauaia apresentou a Absolar, uma entidade criada em 2013 com o objetivo de coordenar, representar e defender os interesses de seus associados quanto ao desenvolvimento do setor e do mercado de energia solar fotovoltaica no Brasil.
Na sequência, o palestrante falou do compromisso assumido pelo Brasil em reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 37% até 2025. Nesse sentido, os investimentos em energias limpas devem crescer de forma ainda mais significativa. Segundo Sauaia, até 2030, a energia solar fotovoltaica será uma das formas mais baratas de gerar energia elétrica no mundo. Ele ressaltou ainda o potencial técnico solar da região Nordeste e apresentou dados sobre os projetos cearenses. Atualmente, o Ceará ocupa a 8ª posição no ranking nacional em número de projetos fotovoltaicos, mas em termos de potência instalada o estado salta para a 2ª colocação.

FIEC online

segunda-feira, 20 de março de 2017

Geração distribuída atinge 100 megawatts e passa de 8,8 mil sistemas fotovoltaicos no Brasil, aponta ABSOLAR

Dentre as unidades consumidoras beneficiadas por sistemas solares fotovoltaicos a maior parcela é de residências, que representam 77,5% do total.

A geração distribuída a partir de fontes renováveis no Brasil, chamada de microgeração e minigeração distribuída, acaba de ultrapassar a marca histórica de 100 megawatts (MW) instalados. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), com base em dados oficiais da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), os sistemas solares fotovoltaicos instalados em residências, comércios, indústrias, prédios públicos e na zona rural já representam mais de 99% destas instalações de microgeração e minigeração distribuída no país.
O Brasil possui atualmente 8.931 sistemas conectados à rede, que proporcionam economia na conta de luz dos consumidores e beneficiam um total de 9.919 unidades consumidoras espalhadas pelo território nacional. Dos 100 MW instalados, 67,7 MW são provenientes da fonte solar fotovoltaica, totalizando 8.832 sistemas, que representam mais de R$ 540 milhões em investimentos no país.
Segundo o presidente da ABSOLAR, Dr. Rodrigo Sauaia, o potencial técnico da geração distribuída solar fotovoltaica, já parcialmente mapeado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), representa mais de 164 gigawatts (GW) considerando apenas os telhados de residências. “Isso significa que, se aproveitarmos os telhados de residências brasileiras com geração distribuída solar fotovoltaica, a energia elétrica gerada seria capaz de abastecer 2,3 vezes toda a demanda residencial do país”, comenta Sauaia.
“Se adicionarmos a estes cálculos os edifícios comerciais, industriais, públicos e rurais, o potencial técnico da geração distribuída solar fotovoltaica será multiplicado e crescerá diversas vezes. Ou seja, tanto pelo potencial da geração centralizada quanto da geração distribuída, no que depender da fonte solar fotovoltaica, não ficaremos sem energia elétrica tão cedo”, conclui.
Dentre as unidades consumidoras beneficiadas por sistemas solares fotovoltaicos a maior parcela é de residências, que representam 77,5% do total, seguida de comércios (17%), indústrias (2,2%), consumidores rurais (1,8%) e consumidores do poder público, incluindo iluminação e serviço público (1,5% no total).

Setor energético

sexta-feira, 10 de março de 2017

4 Charts Explaining Latin America’s Impending Solar Boom

Annual installations are on track to more than double by 2021. Here’s why.

Latin America is making its mark on the global solar map.
In 2010, the region barely had a solar market to speak of. In 2021, the region is expected to have more than 40 gigawatts of installed solar capacity, according to the latest edition of GTM Research’s Latin America PV Playbook.
This year, the region is expected to boost its share of global PV demand to more than 6.2 percent, up from around 2.4 percent in 2016, and virtually no solar demand just a few years earlier. The report projects strong solar growth in several quasmajor Latin American markets, such as Mexico and Chile. At the same time, new markets like Argentina and Colombia are emerging, while regional giant Brazil is poised to bounce back after a lackluster year.
What exactly has been driving this growth, and where are things headed? We outline four major trends from the Latin America PV Playbook.

Solar prices plummet in Latin American auctions

New Services and Products Share Real-Time Distributed Data Across the Grid

Distributed generation is starting to gain a larger share of Latin America’s solar market, particularly in Mexico and Brazil, where net metering and other incentives are in place. However, utility-scale solar is the primary market driver due to a rapidly declining price trend.
Chile’s August national supply auction could be pegged as a turning point in Latin America’s solar journey. In the second half of 2016, Chile’s solar auction prices reached a new low, not only Latin America, but globally, at $29 per megawatt-hour.
A dry year last year caused hydroelectric generation to fall, leading to a higher average spot price on Chile’s central grid and an easier price target for utility-scale solar to hit. “A worsening 2016 drought improved market conditions for existing PV projects while strengthening confidence for other project developers that they will be able to secure better returns on future projects,” the report states.

While Chile is home to some of the most competitively priced solar, El Salvador has also seen prices dramatically decline in recent years, and saw solar PV overtake other clean energy sources, such as wind.
Argentina is not far behind, and GTM Research expects that the next RenovAR auction will yield PPA prices lower than $50 per megawatt-hour. In Mexico, where there was concern solar wouldn’t be able to compete with other resources, PV prices have hit levels as low as $33 per megawatt-hour.
But low PV prices, while so far positive for solar deployment, pose a challenge to developers trying to finance low rate return projects. However, the introduction of tax reforms, partnerships with development banks and funds for renewable-specific projects, and economic recovery at a broader level is helping sustain regional renewable energy investment in 2017.

Multi-gigawatt pipelines in Chile, Mexico and Brazil


The fall in prices and a concurrent increase in demand have resulted in multi-gigawatt pipelines in Chile, Mexico and Brazil.
Despite being hit by political and economic firestorms last year, Brazil is still expected to command a top-five share of PV demand in Latin America for the near term. Brazil’s PV market added upward of 267 megawatts in PV capacity in 2016, but it will soon lose ground to its neighbors if recent economic and demand trends do not reverse, said Manan Parikh, solar analyst and author of the Latin America Playbook.
Chile is currently the leader of cumulative PV installed in Latin America, but in 2017 the country will experience a down year and cede its top standing, according to Parikh. Even though Chile has a few more projects of over 50 megawatts in the pipeline, the projects will wait to connect to an already congested grid.
Mexico has the largest contracted pipeline in the entire region, with over 4 gigawatts of solar contracted out through 2018-2019, with upcoming clean energy targets of 25 percent by 2018, 30 percent by 2021, and 35 percent by 2024.

Nearly half of Latin American PV will be installed in Mexico in 2017


There was doubt as to whether Mexico’s proposed energy transition would pan out to the benefit of solar, and whether PV would be able to compete with other energy sources like wind and natural gas. But these apprehensions were alleviated when PV emerged as the overwhelming winner in 2016 utility auctions, totaling 4.2 gigawatts of capacity at prices as low as $33 per megawatt-hour.
The country is supported on the utility-scale side by supply auctions, and distributed generation is supported by recently revised net billing and net metering regulations.
Distributed generation took almost a third of Mexico’s solar market share at close to 50 megawatts last year year. Only 0.23 percent of Mexico’s distributed generation market has been penetrated to date, against a 5 percent target, leaving room for more progress particularly if the peso is able to recover from a slump.

The country’s Energy Secretariat recently reported that more than 5,900 megawatts (AC) of PV will be installed by the end of 2019, but GTM Research’s forecasts (given in DC) for the same time period see a possibility of 16 percent more solar installed in the timeframe, with the promise of small power producers and distributed generation segments seeing significant growth outside of the auctions. The Federal Electricity Commission in Mexico continues to raise tariffs for certain residential and commercial customers, expanding the potential pool of customers.

Latin America to reach 10% of global PV demand by 2020

In light of these developments, the Latin American market is on track to grow exponentially, with a cumulative forecast of 41 gigawatts of PV demand installed between 2016 and 2021. Annual installations are on track to more than double over the same period. By the end of the decade, Latin America will represent 10 percent of global PV demand. 
However, rapid growth is not guaranteed. A couple of negative influences could crank the trend in the opposite direction. Financing for low rate of return projects could remain a barrier for developers, slowing overall deployments. Currency depreciation in Mexico and Brazil could also sway the trends the other way.

GTM